Hackers roubaram mais de US$ 140 milhões de seis bancos brasileiros esta semana e lavaram até US$ 40 milhões por meio de criptomoedas como Bitcoin, Ethereum e Tether, abalando os setores de criptomoedas e bancário.
O ataque foi realizado na C&M Software, uma importante prestadora de serviços entre o Banco Central do Brasil e instituições financeiras locais. Segundo relatos, o ataque foi viabilizado por um funcionário que teria vendido suas credenciais de login por apenas US$ 2.700, permitindo assim que hackers acessassem o sistema.
O analista onchain, ZachXBT, revelou que os criminosos usaram Bitcoin, Ethereum e USD Tether para movimentar entre US$ 30 e US$ 40 milhões por meio de corretoras de criptomoedas e plataformas de negociação OTC na América Latina.
Analistas alertam sobre os perigos dos sistemas centralizados na era digital. Especialistas em segurança cibernética observam que sistemas centralizados, onde há apenas um único ponto de acesso, são os alvos mais prováveis de ataques auxiliados por IA.
De acordo com o CEO da Shielded Technologies, Eran Barak, os criminosos agora buscam sistemas centralizados para obter maiores recompensas, já que têm acesso a bilhões de ativos e milhões de registros de usuários. Barak enfatizou que tais ataques são menos atraentes com tecnologias descentralizadas, como provas de conhecimento zero (ZKPs).
Ao contrário dos sistemas centralizados, as ferramentas de criptografia descentralizadas obrigam os hackers a mirar em carteiras individuais, o que limita bastante a possibilidade de recompensa. Com o aumento das ameaças, analistas indicam que as ferramentas de privacidade em blockchain desempenharão um papel fundamental na proteção de ativos digitais contra as ameaças cibernéticas emergentes.
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