O mercado pode até balançar, mas os ETFs de Bitcoin estão em modo trator. Só nesta semana, os fundos à vista engoliram US$770 milhões, mostrando que o dinheiro institucional está longe de ter medo de volatilidade. Segundo dados da Sosovalue, o patrimônio total dos ETFs ultrapassou os US$137 bilhões, o que representa 6,29% de todo o valor de mercado do Bitcoin. Nada mal pra um ativo que muitos “especialistas” juravam ser bolha.
BlackRock e Fidelity: quem manda são os gigantes
Os fundos FBTC (Fidelity) e IBIT (BlackRock) estão simplesmente varrendo a concorrência. Só na quarta-feira (3), captaram juntos mais de US$460 milhões. Hoje, os dois detêm US$99 bilhões em ativos — e com isso, tomam conta de quase metade do mercado de ETFs de Bitcoin spot. Sabe aquele papo de “descentralização”? Pois é, na prática, o mercado gosta mesmo é de taxa baixa e liquidez de sobra.
Instituições tomam conta do Bitcoin… pela porta da frente
Desde o início dos ETFs, em janeiro de 2024, o BTC virou queridinho do mundo corporativo. Nada de se enrolar com chave privada ou seed phrase: os engravatados agora compram BTC como se fosse ação da Apple. De acordo com a Bloomberg, assessores financeiros já detêm quase metade dos US$21 bilhões reportados via 13F, com fundos hedge e corretoras logo atrás. É o velho “não gosto de cripto, mas gosto de lucro”.
ARK enche o bolso. Grayscale derrete
Enquanto a ARKB da Ark Invest captou mais de US$114 milhões num único dia, a Grayscale amarga o maior fiasco do setor: US$23,33 bilhões em saídas acumuladas, empurradas pela taxa indecente de 1,5%. Em um mercado que vive de eficiência, GBTC virou o dinossauro que ninguém quer adotar.
E o preço do Bitcoin? Pouco importa. Mesmo com pequenas quedas de até -0,56%, os aportes continuam crescendo. A verdade é que o dinheiro inteligente já entendeu: não dá pra ficar fora da festa, mesmo que a pista esteja escorregadia.
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