Londres, 4 de julho de 2025 — Acabou o teatrinho de terno e jargão técnico. Raymondip Bedi e Patrick Mavanga, dois figurões de araque que se diziam especialistas em cripto, agora podem pendurar suas gravatas atrás das grades. O motivo? Um golpe de £1,5 milhão que fez 65 vítimas comerem poeira entre 2017 e 2019. O que vendiam como “consultoria em ativos digitais” era, na real, uma máquina bem azeitada de sugar dinheiro de gente mal informada.
“Serviço de investimento”? Papo de cripto só pra fisgar bobo
Era o golpe raiz disfarçado de modernidade: ligação na cara dura, promessa de lucro mágico e papo de Bitcoin enlatado. Resultado? Gente enganada e os dois torrando a grana como se fosse inovação — quando era só picaretagem gourmetizada.
Mas nesta sexta-feira, a conta chegou. O juiz Griffiths, no Southwark Crown Court, não quis saber de lorota: Bedi pegou 5 anos e 4 meses, e Mavanga saiu com 6 anos e 6 meses no currículo — com um bônus por falsificação de documentos e destruição de provas. A casa caiu.
FCA não aliviou: “Passaram com um trator por cima das regras”
A Financial Conduct Authority (FCA), que liderou a investigação, foi cirúrgica na definição: os dois foram peças centrais de uma conspiração cripto. E o juiz não economizou na alfinetada:
“Vocês dirigiram um trator por cima do sistema regulatório.”
“Mentiram, manipularam e agora vão pagar o preço.”
Quer bancar o gênio cripto? Prepare a cela
A FCA também prometeu seguir no encalço dos bens da dupla — o objetivo é tentar recuperar parte do prejuízo. Steve Smart, diretor da entidade, foi direto como uma martelada de cadeia:
“Bedi e Mavanga fraudaram suas vítimas com frieza. Achavam que o mundo cripto era terra sem lei. Descobriram que não.”
O recado tá dado: quem usa blockchain como desculpa pra fazer picaretagem vai terminar onde merece — com o whitepaper na mão e a tornozeleira no pé.
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