Texas, 4 de julho de 2025 — Enquanto analistas de Wall Street ainda discutem se “cripto tem futuro”, as mineradoras já estão nadando em Bitcoin — literalmente. A Marathon Digital Holdings (NASDAQ: MARA) cravou seu nome na história com 50.000 BTC em caixa. Já a Riot Platforms (NASDAQ: RIOT), que andava flertando com a inteligência artificial, resolveu voltar às origens: só em junho, minerou 450 BTC.
O número representa uma alta de 76% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando a empresa extraiu apenas 255 BTC. Comparando com maio (514 BTC), houve uma queda de 12% — mas ainda assim, nada mal para quem parou tudo por meses.
Motivo da pausa? A Riot decidiu brincar de cientista e desviou energia para projetos de IA e computação turbinada em sua planta de Corsicana, no Texas. Tudo isso pra testar se dava pra ganhar dinheiro fora da mineração — um plano que só fez sentido no PowerPoint.
Mesmo assim, a empresa vendeu US$41,7 milhões em BTC só em junho, mantendo uma reserva de 19.273 moedas. E como se não bastasse, ainda lucrou participando do programa 4CP do Texas, que premia empresas que aliviam o sistema elétrico quando o calor transforma o estado num forno.
“Nosso plano energético é parte da estratégia competitiva e ainda ajuda a segurar a rede elétrica do Texas”, disse o CEO Jason Les. Traduzindo: eles ganham em dólar, em bitcoin e em crédito de energia — enquanto o minerador amador segue pagando tarifa cheia e esperando o halving salvar sua planilha.
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