A Binance, que já enfrentou regulações como quem coleciona processos de trânsito, anunciou a contratação de Gillian Lynch como nova Chefe da Europa e do Reino Unido. A missão? Fazer as pazes com os reguladores e passar a imagem de que a empresa agora joga limpo, segue regras e “coloca o usuário em primeiro lugar” — ou pelo menos diz que sim.
Com mais de 20 anos de experiência entre bancos, fintechs e cripto, Lynch traz o combo perfeito que o setor adora exibir: pedigree de Wall Street misturado com entusiasmo por blockchains. A Binance espera que essa bagagem ajude a construir “relacionamentos sólidos com legisladores”, promover “crescimento responsável” e garantir que ninguém mais acorde com a plataforma suspensa em seu país por “motivos regulatórios”.
Richard Teng, CEO da Binance e autor oficial dos comunicados de esperança, afirmou que Lynch será essencial para manter a empresa como “líder em inovação responsável” — frase que parece saída de um manifesto ESG com toque Web3. “Sob sua liderança, vamos ajudar a moldar o futuro das finanças para o próximo bilhão de usuários.” Bonito no discurso, difícil na prática.
Lynch, por sua vez, disse estar animada com o desafio de “construir confiança” e transformar a Binance na queridinha das agências reguladoras do Reino Unido e Europa — regiões onde a empresa já tomou algumas pancadas legais e precisaria de, digamos, um bom relações públicas com QI técnico.
Antes disso, ela comandou a Gemini Europe, onde conseguiu autorizações importantes como o registro VASP na Irlanda e uma licença EMI, algo que qualquer exchange séria precisa pra funcionar no continente sem ser vista como operação pirata.
A nomeação vem num momento em que a Binance tenta convencer o mundo de que amadureceu, que agora quer ser institucionalmente respeitável e, quem sabe, até amiga do meio ambiente. Se isso é genuíno ou só mais um capítulo na novela “Mudamos, agora somos sérios”, só o tempo (e os próximos escândalos) dirão.
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