São Francisco, 2 de julho de 2025 — A Coinbase não está pra brincadeira. Depois de uma queda de 4,33% nas ações, a gigante cripto reagiu como manda o figurino de quem quer ser líder: anunciou a compra da Liquifi, plataforma de gerenciamento de tokens, e já viu seus papéis subirem mais de 2% no pregão. É a quarta aquisição do ano — e mais um passo claro rumo à dominação da tokenização.
Acordo com a Liquifi: menos papo, mais controle
Esqueça whitepapers utópicos e promessas de DAO. A Liquifi oferece o que importa: ferramentas práticas para cap table, distribuição de tokens, vesting, retenção fiscal, folha de pagamento e airdrops. Tudo isso com selo de compliance.
“Se queremos trazer um bilhão de pessoas pro blockchain, o processo precisa parar de ser um caos”, provocou Aklil Ibssa, da Coinbase. A mensagem é clara: ou organiza a bagunça, ou morre abraçado com o discurso.
Tokenização real, sem buzzword
A Coinbase agora quer tokenizar ações de verdade — e já aguarda sinal verde da SEC. Com a Liquifi, fica fácil rastrear quem tem o quê, distribuir ativos no tempo certo e manter o fisco feliz. Afinal, “liberdade” é ótima até o imposto chegar.
Empresas como Uniswap Foundation, OP Labs, Zora e Ethena já confiam na plataforma. E se esses players aderiram, talvez seja hora de parar de romantizar planilhas e abraçar a profissionalização.
Wall Street começa a acordar
As ações da Coinbase (COIN) reagiram bem. Depois de descer para US$ 335,33, os papéis voltaram aos US$ 342,08. E os tubarões já estão farejando sangue — ou lucro. Bank of America subiu o preço-alvo para US$ 397, e a Bernstein chutou alto: US$ 510.
“Coinbase é a empresa mais incompreendida do setor cripto”, disse Gautam Chhugani. E talvez esteja certo: enquanto concorrentes seguem discutindo DAO, a Coinbase fecha aquisição atrás de aquisição — e constrói o próximo sistema financeiro.
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