Washington, 1º de julho de 2025 — Enquanto nações como El Salvador e Emirados Árabes apostam em cripto e isentam mineradores de impostos, os Estados Unidos seguem no sentido contrário, cobrando em dobro de quem sustenta a rede. Quem levantou a voz dessa vez foi a senadora Cynthia Lummis, que decidiu escancarar o absurdo: o governo americano tributa duas vezes quem mantém o blockchain de pé.
Atualmente, mineradores e stakers nos EUA pagam primeiro quando recebem suas recompensas (como se fosse salário), e depois novamente ao vender os ativos — acionando a taxação de ganho de capital. Enquanto isso, investidores tradicionais só são cobrados quando lucram. “É um tratamento fiscal ridículo”, disparou Lummis no X. “Se queremos ser líderes em cripto, temos que parar de sabotar quem realmente constrói.”
Michael Saylor, o maior evangelista do Bitcoin entre bilionários, foi direto ao ponto: “Ou os EUA colocam fim a essa caça aos mineradores ou ficarão assistindo à inovação fugir para outras bandeiras.”
E fugir é o que muitos já estão fazendo. El Salvador não só tornou o Bitcoin moeda legal como zera impostos para mineração. Nos Emirados Árabes, além de isenção total, não existe sequer imposto de renda pessoal. Enquanto isso, a Receita americana continua tratando blocos validados como crime tributário.
Portugal, Alemanha, Geórgia, Suíça — todos eles já adotaram regras mais amigáveis que o “farol da liberdade”. Mas a liberdade cripto nos EUA hoje só vale até a próxima cobrança do IRS.
Para Lummis, essa política fiscal punitiva está corroendo a competitividade americana no setor que mais cresce no mundo. A mensagem é clara: ou reformam as regras ou assistam à hegemonia digital escorrer pelos dedos.
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