Berlim, 1º de julho de 2025 — O Deutsche Bank decidiu parar de fingir que cripto é brincadeira de millennial. O maior banco da Alemanha vai lançar seu próprio serviço de custódia de ativos digitais, mirando clientes institucionais com fome de segurança bancária para seus bilhões em Bitcoin, Ethereum e afins.
O projeto, que começou a ser cochichado em 2022, agora vem com selo Bitpanda Technology Solutions — braço da exchange austríaca — e o reforço da suíça Taurus SA, especialista em infraestrutura cripto. Nada de amadorismo: os engravatados estão vindo com infraestrutura de verdade.
Longe dos holofotes, os engravatados do Deutsche já admitem: fingir que cripto era modinha virou mico. Com o MiCA botando ordem na Europa e o retorno de Trump acelerando as regras nos EUA, os bancos sacaram que dá, sim, pra ganhar alto com cripto — e sem abrir mão do terno e gravata. Prova disso? O Deutsche flerta com stablecoins, pensando em criar a sua ou colar num clube de tokenização. Porque, no fim das contas, quem quer controlar o jogo precisa entrar no tabuleiro.
A reeleição de Trump, aliás, foi o empurrão que faltava: com reguladores mais simpáticos à Web3 e regras mais claras, o banco encontrou terreno fértil para finalmente tirar o projeto da gaveta.
Quando a plataforma for ao ar, o Deutsche Bank vai se juntar ao clube seleto de instituições que oferecem custódia cripto com pedigree bancário. E para quem ainda acha que “Bitcoin não tem lastro”, o recado é direto: se até o Deutsche está montando cofre pra guardar, talvez o problema não esteja no ativo — mas em quem ainda não entendeu o jogo.
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