A corretora abriu espaço para que qualquer um aposte nos gigantes — Bitcoin, Solana e XRP — sem precisar entender direito no que está entrando. Os tais “microfuturos” prometem acesso fácil com pouco dinheiro, mas escondem o velho truque: entregar risco de gente grande pra investidor pequeno. No fim, é mais uma porta de entrada para quem ainda acha que investir é só deslizar o dedo no app.
Os novos produtos incluem os chamados Bitcoin Friday futures, além de contratos “micro” para XRP e Solana. Um contrato de XRP, por exemplo, representa 2.500 tokens — cerca de US$5.200. Tudo liquidado em dinheiro, claro. E com direito a ferramenta bonitinha no app para o usuário achar que está no controle.
A iniciativa é fruto da parceria com a CME Group, que desde maio viu mais de US$542 milhões em volume com esses contratos. O apetite do varejo? Está sendo servido em bandeja, junto com a esperança de lucros rápidos e o risco camuflado.
Desde que entrou no setor cripto em 2018, a Robinhood vem se pintando de “revolucionária”, mas sua receita entrega o jogo: 43% da grana do 1º trimestre de 2025 veio do trading cripto — é dali que sai o lucro. Agora, com a compra da Bitstamp por US$200 milhões, a corretora quer posar de plataforma global e seduzir também o público institucional. Spoiler: o foco continua no varejo, onde a emoção vende mais que análise.
Enquanto isso, a Robinhood flerta com novas aquisições, como a canadense WonderFi. Porque, no fim do dia, a fórmula é simples: mais usuários, mais trades, mais taxa. E se der ruim? O app fecha e o risco é seu.
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