Enquanto parte do mundo ainda tenta entender o que fazer com as criptomoedas, o Cazaquistão já tem um plano mais direto: criar uma reserva estatal com criptoativos — inclusive os confiscados de “espertinhos” do mercado. A proposta, que recebeu sinal verde do Banco Nacional do país, já está em fase de estruturação.
O presidente da instituição, Timur Suleimenov, não poupou detalhes. Uma das ideias é colocar a tal reserva sob responsabilidade de uma subsidiária especializada em investimentos alternativos. Traduzindo: estatal com liberdade para surfar na volatilidade do mercado, desde que o lucro seja estatal também.
Segundo Suleimenov, exemplos internacionais mostram que o pote de ouro pode vir tanto de apreensões quanto da mineração em operações com dedo do governo. Ou seja, o Estado quer a sua fatia — seja na marra ou no garimpo digital.
Mas, como nada se faz sem burocracia, o plano exige mudanças legislativas para dar status legal à reserva e criar regras sobre como o Estado pode gastar seus novos “bitcoins oficiais”. O Banco Nacional já disse estar pronto para ajudar os políticos a moldar esse novo arranjo legal — de preferência, rápido, antes que a próxima alta do BTC chegue.
E não para por aí. Vem também um projeto de lei sobre inteligência artificial, que promete punições administrativas e criminais para quem operar criptomoeda fora das plataformas regulamentadas. A regra é clara: só pode jogar quem for convidado pelo AIFC, o hub financeiro estatal. Fora disso, é crime.
De quebra, Suleimenov ainda mandou um recado aos “coaches de cripto milagroso”: parem de enganar adolescentes com promessas de riqueza fácil. Porque se tem alguém que vai lucrar com cripto no Cazaquistão — é o próprio Estado.
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