A empresa de inteligência em blockchain TRM Labs informou em seus relatórios que os ataques envolvendo criptomoedas cresceram no primeiro semestre de 2025, resultando no roubo de cerca de US$ 2,1 bilhões em ativos digitais de diversas empresas.
Cerca de 80% desse montante foi levado em apenas 75 ataques, que focaram na infraestrutura central das plataformas, incluindo o roubo de chaves privadas e a utilização de sites falsos de phishing e mensagens fraudulentas para enganar usuários.
Conforme destacado pela TRM Labs, essas ofensivas se mostraram dez vezes mais eficazes do que outras técnicas de hacking, muitas vezes baseadas em engenharia social. Essa estratégia depende da manipulação das vítimas através da construção de confiança e interações aparentemente inofensivas para acessar informações sensíveis.
Outra modalidade de ataque, chamada exploits de protocolo, explorou vulnerabilidades no código dos sistemas blockchain. Esquemas como “empréstimos relâmpago” e “reentrada” foram utilizados para desviar recursos ou desestabilizar os sistemas, representando 12% das perdas totais.
Um hack resultou no roubo de US$ 30 milhões, mais do que a média de US$ 15 milhões no início de 2024. Um enorme hack de US$ 1,5 bilhão pela Coreia do Norte na bolsa Bybit em Dubai em fevereiro causou quase 70% das perdas totais.
De acordo com os relatos, recentemente, outro grupo, possivelmente ligado a Israel, roubou US$ 100 milhões da bolsa Nobitex do Irã. Mesmo sem o hack da Bybit, quatro meses (janeiro, abril, maio e junho) registraram mais de US$ 100 milhões em roubos.
O relatório mostra que hackers, incluindo grupos apoiados por estados, estão se tornando mais agressivos e estratégicos, o que aumentou a crescente ameaça às criptomoedas.
A TRM Labs alertou que as criptomoedas estão enfrentando uma ameaça crescente de grupos organizados, alguns apoiados por governos ou com motivação política, que realizam ataques altamente coordenados para roubar ativos digitais.
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