São Paulo, 27 de junho de 2025 — A teimosia de Michael Saylor virou manchete — e lucro. O fundador da Strategy (ex-MicroStrategy) está sentado em um lucro não realizado de US$21,3 bilhões graças à sua aposta insana (ou genial?) no Bitcoin.

Com 592.345 BTC no bolso e preço médio de compra de US$70.702, a empresa agora vê seu portfólio cripto atingir US$63,28 bilhões com o BTC rondando US$106.824. O ganho no papel já ultrapassa os 51% — e o mercado, que antes chamava Saylor de lunático, agora o chama de visionário.
Enquanto isso, as ações da Strategy ($MSTR) valem US$393,24, com valuation de US$107,5 bi, negociadas com prêmio generoso de 1,67x sobre o NAV. Parece que colar “Bitcoin” na testa da empresa ainda rende — e muito.
Mas nem todo mundo engoliu o hype. Os tubarões Jim Chanos e Cliff Asness criticam o romantismo de Saylor com a dívida da companhia: se o BTC despencar, não há “visão de longo prazo” que cubra o rombo. E pagar com ações, nesse cenário, soa mais como desespero do que estratégia.
Saylor, claro, finge que não ouve. Afinal, quando se está flutuando sobre bilhões em lucro, é fácil ignorar os pessimistas — até que o chão desapareça.
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