Dubai, 27 de junho de 2025 — A Aqua 1 Foundation, grupo de investimentos Web3 sediado nos Emirados Árabes, resolveu abrir a carteira: anunciou planos de comprar US$ 100 milhões em tokens WLFI, projeto DeFi “patrocinado” ideologicamente por Donald Trump e vendido como a nova fronteira da tokenização global.
Com o aporte de US$ 100 milhões, a Aqua 1 garante um assento na mesa de decisões da WLFI — uma daquelas plataformas que juram “reinventar o sistema financeiro”, claro, embaladas por blockchain, promessas grandiosas e campanhas bem ensaiadas.
Na prática, a parceria quer dar nova embalagem a velhos ativos: imóveis, ações e participações virarão tokens negociáveis, fáceis de rastrear e vendáveis como figurinhas digitais. A ideia parece moderna, mas o roteiro é o mesmo de sempre — transformar buzz em capital e chamar isso de inovação. O discurso é o de sempre: “mais inclusão, mais eficiência, mais liberdade financeira”. A realidade? Ainda falta entregar.
Zak Folkman, cofundador da WLFI, celebrou o acordo como “validação do plano de inovação financeira global”. Mas o que chama atenção mesmo é a ousadia: usar Trump como âncora de credibilidade em pleno 2025 exige fé — ou desespero.
A Aqua 1 quer levar a WLFI para onde o terreno ainda está fértil: América do Sul, Europa e Ásia. A Aqua 1 quer ocupar o vácuo deixado pelos bancos com o velho discurso cripto de “reinventar tudo”. A ideia é vender inovação embrulhada para exportação — com muito hype e pouca entrega.
No Oriente Médio, o plano é lançar o Aqua Fund, focado em Web3 e IA, com listagem no Abu Dhabi Global Market. E para dar aquele ar de grandeza? Batizaram a nova plataforma de BlockRock — uma provocação óbvia à BlackRock, agora sob o manto da descentralização.
Resumo da ópera: muita ambição, marketing de sobra e a velha esperança de que, dessa vez, a blockchain salva o mundo. Mas você já viu esse filme antes.
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