São Paulo, 24 de junho de 2025 — Se alguém ainda achava que as autoridades europeias estavam cochilando enquanto o crime financeiro via criptoativos corria solto… pode repensar.
Nos dias 23 e 24 de junho, Estrasburgo foi palco de um encontro nada amistoso para o setor: 25 Unidades de Inteligência Financeira (FIUs) da União Europeia, além de representantes da Comissão Europeia, da AMLA (Autoridade de Combate à Lavagem de Dinheiro da UE) e do Conselho da Europa, se reuniram para discutir como fechar o cerco contra lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo via cripto e DeFi.
O recado? O tempo da passividade acabou
O evento, com aquele nome burocrático de sempre — “Finanças Descentralizadas e Criptoativos sob a ótica das Unidades de Inteligência Financeira” — foi, na prática, um puxão coletivo de orelha: o crime digital avança rápido e as FIUs precisam correr atrás antes de virar estatística de fracasso regulatório.
França, Alemanha, Itália, Holanda, Chipre e Lituânia subiram ao palco para mostrar como estão (ou tentam) lidar com golpes, evasão de sanções e toda a criatividade criminosa que vem acompanhando o mundo cripto.
Enquanto isso, a AMLA aproveitou o embalo para reforçar o mantra do dia: ou os países europeus começam a jogar juntos, ou o crime vai continuar dando risada da falta de sintonia regulatória.
Projeto TSI: França na linha de frente do combate
O encontro também marcou o encerramento de um projeto-piloto que deixou a Tracfin — a FIU francesa — no centro da batalha: 200 agentes treinados, novas ferramentas analíticas na mesa e um plano claro de resposta rápida a crimes com criptoativos.
Tudo financiado pela União Europeia dentro do Instrumento de Suporte Técnico (TSI), com o Conselho da Europa de copiloto.
A real? A tecnologia corre… a regulação tropeça
Entre os debates e apresentações, um ponto ficou dolorosamente evidente: o DeFi está três passos à frente das autoridades. As FIUs europeias estão correndo para não virar peças decorativas diante da avalanche de crimes digitais.
Conclusão ácida e direta: ou os governos saem da paralisia e começam a entregar resposta prática… ou as criptos vão continuar sendo o playground preferido de quem vive de driblar a lei.
Leia também: SEC adia, de novo, decisão sobre ETF de Polkadot: mais uma vez o mercado cripto fica na fila da burocracia