Enquanto boa parte do mercado ainda trata a Coinbase como uma promessa superestimada, a Bernstein resolveu bater de frente. Em um relatório nada modesto, o analista Gautam Chhugani classificou a empresa como “a mais incompreendida” entre todas do setor cripto — e dobrou a aposta: elevou o preço-alvo das ações de US$310 para US$510, o que implica em uma alta potencial de 48% sobre o fechamento de terça-feira (US$344,82).
Na carta enviada a clientes, Chhugani não economizou:
“Coinbase é o maior banco cripto universal, mas o mercado segue míope. Mesmo com múltiplos motores de crescimento evidentes, o consenso prefere ignorar.”
A análise enumera os pontos que o mercado estaria ignorando — e são muitos:
- Única empresa cripto listada no S&P 500
- Domina o mercado americano de criptoativos
- Controla o maior negócio de stablecoins entre exchanges
- Liderança institucional no setor
- Aquisição da maior exchange global de opções cripto
- E opera a blockchain mais rápida do Ethereum, onde constrói sua ambiciosa rede de tokenização.
E a provocação continua. Para Chhugani, corretoras tradicionais sequer chegam perto:
“Sem a estrutura regulatória e a linha completa de produtos da Coinbase, elas estão apenas assistindo da arquibancada.”
O relatório também aponta os futuros perpétuos como nova fronteira de expansão. A Coinbase já opera contratos futuros de BTC e ETH e está prestes a fincar bandeira no mercado americano com os perpétuos — um território com, segundo o analista, “espaço imenso e mal explorado”.
E para fechar com um soco na boca do estômago do ceticismo: a Bernstein estima que a Coinbase possa atingir US$9,5 bilhões em receita ainda este ano. Um número que, se confirmado, justifica cada centavo do novo preço-alvo — e cala muito analista por aí.
Resumo ácido? Enquanto o mercado segue ruminando dúvidas, a Coinbase pode estar preparando a maior resposta possível: lucro em caixa e valorização na marra.
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