São Paulo – Quem diria? Pouco tempo atrás, o IBIT, ETF de Bitcoin da BlackRock, mal figurava no radar dos gigantes de Wall Street. Agora? Disparou e garantiu um lugar no Top 4 dos fundos que mais atraíram dinheiro nos EUA em 2025.
O fundo, que até alguns meses era tratado com desconfiança por parte do mercado tradicional, virou protagonista na corrida por aportes institucionais.
Pra ter uma ideia do tamanho do salto: três meses atrás, o IBIT era só o 47º colocado. Hoje, deixou gigantes como o SPDR Portfolio S&P 500 ETF (SPLG) comendo poeira e já começa a mirar concorrentes de peso como o Vanguard Total Stock Market ETF (VTI) e o iShares 0-3 Month Bond (SGOV).

US$13,7 bilhões: o Bitcoin virou o ativo da vez em Wall Street?
O fundo já puxou US$13,7 bilhões em aportes só em 2025, ficando atrás apenas de três titãs do mercado tradicional.
O analista da Bloomberg, Eric Balchunas, foi direto ao ponto no X (antigo Twitter):
“O $IBIT agora é o 4º em captação no acumulado do ano, passando o $SPLG. O mais surreal? Ele já é o 5º em fluxo de 3 anos… mesmo tendo só 1 ano e meio de vida.”
Nove dias seguidos de entradas. Os rivais? Amargando saídas.
O IBIT virou uma máquina de atrair dinheiro. Foram nove dias consecutivos de fluxo positivo, enquanto ETFs concorrentes de Bitcoin, como o FBTC da Fidelity e o ARKB da Ark, amargaram saídas no mesmo período.

Só no dia 17 de junho, o fundo engoliu US$639 milhões em um único dia.
De 4 a 20 de junho, somou mais de US$2,6 bilhões.
Alguns dias-chave desse rali:
- 10 de junho: US$336,7 milhões
- 12 de junho: US$288,3 milhões
- 18 de junho: US$278,9 milhões
BlackRock: agora também a dona do jogo nos cripto ETFs
Segundo a Arkham Intelligence, a BlackRock já acumula mais de US$72 bilhões em ETFs cripto sob gestão.
Depois do sucesso estrondoso com o IBIT (Bitcoin) e o ETHA (Ethereum), a gestora se tornou líder isolada no ranking de fluxo para ETFs cripto desde o lançamento desses produtos.
Resumo da ópera?
Wall Street resistiu… mas agora se rendeu.
O Bitcoin, que um dia foi chamado de “ativo marginal”, hoje é o novo queridinho das mesas institucionais.
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