São Paulo, 22 de junho de 2025 — Não é Bitcoin. Não é Ethereum. O novo brinquedo de Wall Street agora atende por BNB.
Um grupo de ex-executivos de hedge funds, incluindo Patrick Horsman, Joshua Kruger e Johnathan Pasch, quer levantar US$100 milhões via uma empresa listada na Nasdaq só pra comprar BNB em grande escala. O plano? Transformar a tal companhia — ainda sem nome revelado — em uma nova Build & Build Corporation, com o token como principal ativo no balanço. A ideia é fechar o negócio até o fim do mês.
CZ não deixou barato: “Não partiu de nós, mas… que bom!”
Ao saber da movimentação, CZ, fundador da Binance, foi rápido no X:
“Nenhuma dessas iniciativas foi motivada por mim ou pela Binance. Mas estamos 100% a favor. O BNB é um ativo público de blockchain, não é da Binance CEX.”
E na sequência, largou a provocação:
“Parece que está nascendo uma ‘MicroStrategy do BNB’…”

De vilão regulatório a queridinho de Wall Street?
O BNB nunca foi sinônimo de transparência. Lançado em 2017 com uma ICO que já começou com o pé esquerdo, o token despejou uma boa fatia da oferta nas mãos de CZ e sua turma — um detalhe que o mercado nunca deixou passar batido.
Quando a cortina caiu em 2023, a cena foi vexatória: a Binance foi flagrada em um enredo de lavagem de dinheiro e quebra de sanções internacionais. Veio a fatura: US$ 4,3 bilhões de multa. Sem apelação, sem volta. Um golpe cirúrgico que tirou CZ do comando e deixou a reputação da empresa de joelhos.
O recado ficou claro: o império que começou com uma ICO questionada teve que pagar o preço por anos de riscos calculados… e alguns nem tão calculados assim.
Mas o jogo virou: com Trump de volta ao cenário e a SEC enterrando o processo contra a Binance, o mercado americano agora parece olhar para o BNB com outros olhos.
Se a compra institucional vingar, a estratégia é clara: transformar o token da Binance em nova reserva corporativa — e botar mais lenha na fogueira dessa corrida cripto que ninguém mais sabe onde vai parar.
Leia também: Strategy Compra Mais 245 Bitcoins e Ignora o Risco de Queda Abaixo dos US$100 Mil