A Fiserv, gigante dos pagamentos e serviços financeiros, resolveu entrar de cabeça no universo das stablecoins. O nome da criança? FIUSD. O lançamento está previsto para até o final de 2025, e a ideia é simples (pelo menos no discurso de marketing): facilitar o uso de ativos digitais por bancos e comerciantes, sem abrir mão da “confiança” do dinheiro tradicional. Se você já ouviu esse papo antes… bom, não é só impressão sua.
O projeto vem embalado numa parceria com pesos-pesados da infraestrutura cripto: Paxos e Circle. E como se não bastasse, o FIUSD será baseado na blockchain Solana – a mesma que vive entre altos e baixos quando o assunto é estabilidade e escalabilidade.
Fiserv promete que a stablecoin vai rodar lindamente na sua atual rede de pagamentos, que inclui nada menos que 10 mil bancos e 6 milhões de comerciantes. A expectativa deles? Uma adoção rápida, com os clientes criando novos produtos financeiros como se fosse um passe de mágica.
Ademais, a Fiserv está juntando forças com ninguém menos que o PayPal, que vai integrar o FIUSD ao seu já conhecido stablecoin PYUSD: mais barato e rápido. Tudo muito bonito no papel.
As promessas seguem aquele roteiro clássico de quem tenta vender blockchain pra mercado tradicional: liquidação 24/7, transações instantâneas, pagamentos transfronteiriços sem dor de cabeça e, claro, aquele papo de tornar os pagamentos “programáveis” (o termo da moda pra dizer que dá pra fazer automação simples com dinheiro digital).
O COO da Fiserv, Takis Georgakopoulos, fez questão de soltar aquela fala padrão de press release: “Acreditamos que o FIUSD vai dar aos nossos clientes a eficiência e a flexibilidade que eles precisam para prosperar no ecossistema bancário e de pagamentos que está em constante evolução.” Tradução: vamos ver se dessa vez os bancos param de olhar torto pra cripto.
No quesito implementação, a Fiserv jura que a integração vai ser suave. Os bancos continuam controlando a experiência do cliente, mas com um pacote de ferramentas prontas para detecção de fraudes e compliance (pra ninguém dizer que não pensaram na regulação). Tudo isso apoiado no Finxact, o sistema core “moderninho” da Fiserv.
No final das contas, o FIUSD é mais um capítulo da corrida de empresas tradicionais tentando provar que stablecoin é coisa séria. Se vai pegar? Bem… o mercado é que vai dizer. Até lá, seguimos acompanhando o próximo episódio da saga “bancos e criptos: uma relação complicada”.
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