O Aeroporto Internacional Óscar Arnulfo Romero deu mais um passo para tornar o Bitcoin parte da rotina de quem desembarca no país. Foram inaugurados dois quiosques de câmbio cripto-fiat na área de chegadas: o passageiro escaneia um QR code, confirma o valor em sua carteira digital e, poucos segundos depois, sai do balcão com dólares americanos (e, em menor escala, euros) na mão — sem app extra, sem malabarismos. Além de que a implantação em outras áreas está sendo analisada e dependerá principalmente de duas coisas: demanda e regulação.
Em fevereiro de 2025, o país revogou o status de curso legal do Bitcoin para destravar um acordo de US$ 1,4 bi com o FMI. Ainda assim, mantém reservas de cerca de 6 175 BTC (algo perto de € 560 mi) e segue incentivando o uso voluntário da criptomoeda. Os quiosques se encaixam nesse novo capítulo: menos obrigação, mais conveniência — sobretudo para turistas e expatriados que chegam carregando satoshis no bolso digital.
Por que essa medida importa?
- Resolve uma dor real do viajante: trocar BTC por dinheiro vivo para táxi, hotel ou a primeira pupusa pós-voo.
- Mantém o país no radar como laboratório de adoção cripto, agora em versão “use se quiser”.
- Influência regional: Panamá e vizinhos observam; se der certo, pode virar tendência na América Latina.
Próximos passos: mais quiosques à vista?
A Prosegur já está planejando implementar essa ideia em praias e centros comerciais de El Salvador. Especialistas afirmam que a ampliação em outros aeroportos da região vai depender do equilíbrio entre a demanda turística e as pressões regulatórias.
Por enquanto, uma coisa é certa: em El Salvador, o Bitcoin continua desembarcando junto com os passageiros — agora de forma opcional, mas ainda muito presente.
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