São Paulo, 20 de junho de 2025 — Se alguém ainda acreditava no conto de fadas da Pump.fun, é hora de acordar. A plataforma de memecoins baseada na Solana adiou de novo o seu tão falado token sale. A promessa era ousada: levantar US$1 bilhão, com uma avaliação de mercado de US$4 bilhões. A data? Seria 25 de junho. Agora? Só Deus (e os advogados) sabem quando.
Repeteco de adiamentos e desculpas esfarrapadas
Não é a primeira vez que a Pump.fun empurra a história pra frente. Desde 2024, o projeto já virou piada de calendário, com datas que vêm e vão sem nenhuma entrega real. Desta vez, nem se deram ao trabalho de inventar um motivo técnico. Mas o timing não deixa dúvida: os processos estão batendo forte na porta.
Pirâmide com código-fonte? Pump.fun no olho do furacão
Em janeiro, a Burwick Law puxou o gatilho: abriu uma ação coletiva acusando a Pump.fun de manipular preços e operar como uma pirâmide cripto de luxo. Segundo a denúncia, o projeto virou fábrica de prejuízo… só quem criou é que lucra.
Max Burwick, fundador do escritório, foi ainda mais longe: chamou o projeto de “a forma final de golpe de marketing multinível”. Segundo ele, a plataforma caça usuários desesperados por lucro fácil — e entrega só prejuízo.
Em fevereiro veio mais lenha na fogueira: uma carta de “cease and desist” assinada pelo Burwick Law e pela Wolf Popper LLP, acusando o uso indevido de marcas registradas em vários memecoins listados na Pump.fun.
E como cereja do bolo… ban no X
Pra piorar, no dia 16 de junho, as contas oficiais da Pump.fun e do seu fundador desapareceram do X (antigo Twitter). Voltaram dias depois, mas ninguém explicou o sumiço. E vários outros perfis cripto sofreram o mesmo destino na mesma semana.
Por enquanto… só promessa e muito barulho
O mercado captou o recado: por enquanto, o “IPO das memecoins” segue só no discurso. Entre adiamentos, processos e suspensões, o sonho da Pump.fun de se valorizar US$4 bilhões parece cada vez mais uma história mal contada — digna de virar case de como não lançar um token.
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