A Parataxis Holdings LLC acaba de dar um passo ousado no mercado financeiro sul-coreano. A gestora de Nova York anunciou um acordo para assumir o controle da Bridge Biotherapeutics Inc., com um investimento de 25 bilhões de won sul-coreanos (cerca de US$18,2 milhões). O plano? Transformar a companhia na primeira empresa de capital aberto na Coreia do Sul focada exclusivamente em tesouraria de Bitcoin.
Nova identidade: Parataxis Korea
Após a conclusão do negócio, prevista para agosto de 2025 após a votação dos acionistas, a empresa passará a se chamar Parataxis Korea, mas continuará listada na bolsa KOSDAQ. De laboratório para o blockchain: a transformação que ninguém viu chegando
O plano da Parataxis vai muito além de só empilhar Bitcoin no balanço. A missão é mais ambiciosa: montar uma base institucional capaz de puxar outras empresas para dentro do jogo cripto. Não se trata só de guardar BTC, mas de criar uma máquina de adoção corporativa.
E o ponto de partida não poderia ser mais inesperado: uma antiga biotech.
Até ontem, a Bridge Biotherapeutics, fundada em 2015, era conhecida no mercado sul-coreano por desenvolver tratamentos para doenças como colite ulcerativa e fibrose. Durante anos, a Bridge Biotherapeutics passou batida no mercado: uma empresa de biotecnologia de perfil baixo, cuidando de pesquisa clínica e tentando ganhar espaço no setor de saúde da Coreia do Sul. Listada no KOSDAQ desde 2019, nunca foi protagonista de nada além de seus próprios trials médicos.
Da pipeta pro blockchain: a Bridge mudou de jogo.
Com a chegada da Parataxis, a velha biotec pendura o jaleco e vira Parataxis Korea — uma holding pública com um objetivo simples e barulhento: encher o caixa de Bitcoin e virar vitrine pra quem quiser fazer igual.
Fim da pesquisa clínica. Agora o foco é liquidez digital.
Quem achava que o KOSDAQ continuaria imune ao movimento cripto… vai ter que repensar.
E o comando? Também virou do avesso:
- Edward Chin, chefão global da Parataxis Holdings, agora tem cadeira no conselho.
- Andrew Kim, braço direito de Chin e sócio da Parataxis Capital, assume o cargo de CEO, com a missão de pilotar essa virada.
- Já o fundador da antiga Bridge, James Jungkue Lee, continua no time, mas restrito ao pedaço que sobrou de biotecnologia.
A mensagem ao mercado? Simples: a Coreia do Sul vai ter sua primeira empresa pública com DNA 100% Bitcoin. E quem ainda estiver dormindo… é bom acordar.
O recado da Parataxis
“Vemos a Coreia do Sul como um mercado-chave na evolução da adoção do Bitcoin,” afirmou Edward Chin em comunicado oficial. “Estamos extremamente empolgados em criar a primeira empresa de tesouraria de BTC da Coreia, com uma plataforma de nível institucional. Acreditamos que essa estratégia vai gerar valor tanto para nossos acionistas quanto para o país no longo prazo.”
Expansão não para por aqui
Além desse movimento, a Parataxis também está preparando o lançamento de um novo fundo com o mesmo foco em Bitcoin e planeja lançar outros produtos em breve.
No apoio jurídico, a operação conta com a consultoria da Shin & Kim LLC. Já a Deloitte atua como assessora financeira da transação.
Com atuação desde 2019, a Parataxis tem sede em Nova York e sempre teve como foco investimentos em ativos digitais. Hoje, a empresa administra fundos hedge para investidores e também presta consultoria para family offices e instituições de grande porte.
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