Nos últimos meses, o preço do Bitcoin tem chamado a atenção até de quem não acompanha o mercado de criptomoedas. Depois de ultrapassar os US$ 100 mil em maio, muita gente começou a se perguntar: será que ele pode chegar aos US$ 200 mil ainda neste ano?
O entusiasmo não vem à toa. Em abril de 2024, aconteceu o halving, um evento que reduz pela metade a quantidade de novos bitcoins que entram no mercado. Esse tipo de acontecimento já provocou grandes altas no passado, e agora parece estar influenciando de novo o comportamento dos investidores.
Além disso, com a inflação controlada nos Estados Unidos e uma postura mais tranquila do banco central americano, o mercado financeiro está mais aberto a ativos considerados arriscados — como o próprio Bitcoin. Essa mudança de clima pode ajudar ainda mais no movimento de alta.
Outro fator importante é o interesse crescente de grandes investidores. Desde o lançamento de ETFs de Bitcoin em 2024, muitas instituições começaram a comprar o ativo com mais segurança. Segundo dados da plataforma CoinShares, os fundos de investimento em criptoativos já movimentaram mais de US$ 130 bilhões só neste ano.
Mas nem tudo é certeza. O mercado de criptomoedas é conhecido por sua volatilidade. Em uma semana o preço pode subir milhares de dólares, e na outra cair com a mesma velocidade. Por isso, mesmo com bons sinais, não dá para apostar tudo.
Costumo dizer que estamos apenas no começo de um novo ciclo de alta. Isso porque muitos investidores estão guardando seus bitcoins ao invés de vender. Quanto menos moedas circulando, maior a chance de o preço subir, se a demanda continuar forte.
Por outro lado, opiniões mais cautelosas acreditam que o Bitcoin já está caro demais e pode passar por uma correção. Eles observam que o número de pessoas ativamente comprando e vendendo a moeda diminuiu um pouco desde março.
Mesmo assim, o otimismo continua. O número de buscas por “Bitcoin” no Google aumentou quase 40% entre abril e junho de 2025, segundo o Google Trends. Isso mostra que o interesse geral está crescendo e que mais pessoas querem saber como participar desse mercado.
Para quem já investe em Bitcoin, o momento é de atenção e paciência. A dica que dou há muitos anos sobre esse mercado é investir com calma, sem tentar prever o pico de preço. Afinal, o mercado costuma premiar quem tem visão de longo prazo.
Se o Bitcoin vai mesmo chegar aos US$ 200 mil, ninguém pode garantir. Mas, com tantos fatores jogando a favor, o assunto certamente vai continuar sendo um dos mais comentados do mundo financeiro nos próximos meses. Talvez o detalhe esteja nos sinais que o mercado está ignorando – ou está usando esses mesmos sinais como estratégia milionária.
Conteúdo escrito por Rodrigo Miranda, treinador comportamental e especialista em mindset financeiro, em trading de criptomoedas e criador da Universidade do Bitcoin, a UniBtc.
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