São Paulo, 17 de junho de 2025 — Não deu. O Bitcoin amanheceu em queda, sem forças pra segurar o suporte dos US$105.000. O preço foi direto pra US$103.651, depois de ter ensaiado uma recuperação que chegou perto dos US$109.000 mais cedo. Um tombo seco, que já começou ditando o humor do dia.
O estrago foi rápido. Em apenas 60 minutos, o mercado liquidou mais de US$100 milhões em posições alavancadas. Quem estava operando no risco, apostando em recuperação, tomou prejuízo antes de conseguir piscar.

Manipulação? Spoofing? Armadilha?
Nas redes, a teoria que ganhou força é uma velha conhecida dos traders: manipulação descarada. O analista Material Indicators, um dos mais atentos ao fluxo do livro de ordens do Bitcoin, foi direto. Disse que o comportamento das ordens era típico de quem queria empurrar o preço para baixo de propósito. Spoofing puro.
O alerta veio antes da queda crítica: se o BTC rompesse os US$105.000, o próximo tombo seria nos US$104.000. Dito e feito.

Pra quem não é familiar: spoofing é aquele truque sujo onde baleias colocam ordens gigantes só pra assustar o mercado… e cancelam tudo antes que alguém consiga reagir.
O curioso? Até ontem, o mesmo analista apostava numa possível arrancada rumo aos US$110.000, caso os compradores empurrassem o preço acima dos US$108.000. Mas a maré virou antes.
O mercado está quieto. Demais.
Outro nome que acompanha o movimento, o trader Skew, chamou atenção pra um detalhe sutil: apesar da queda, o mercado não entrou em pânico. Não teve aquela avalanche de vendas desesperadas que costuma acompanhar tombos desse tamanho.
Pra ele, isso só indica uma coisa: o movimento de verdade, aquele que sacode tudo, ainda não chegou. Está se formando.
Fatores externos não ajudam
Enquanto isso, o cenário macro empurra mais pressão. O dólar voltou a ganhar fôlego lá fora. Enquanto isso, lá fora, o cenário também pesa: ouro em baixa, petróleo com alta de 2%, e o conflito entre Israel e Irã segue alimentando a tensão nos mercados globais.

Ainda assim, tem gente que enxerga sinais de estabilidade. Um levantamento da CryptoQuant, que cruza diferentes métricas on-chain, mostra o índice IBCI parado na zona dos 50%. Para alguns analistas, isso indica um momento neutro. Nem festa. Nem tragédia. Um sinal de mercado neutro. Nem otimista, nem pessimista.
Lembrando: o Bitcoin segue a menos de US$10.000 da sua máxima histórica recente, registrada no fim de maio, nos US$112.000.
A pergunta que todo mundo faz agora é só uma: já batemos no fundo… ou tem mais queda vindo por aí?
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