A disputa que virou símbolo da guerra entre cripto e regulação pode estar perto do ponto final. Ripple Labs e a SEC apresentaram uma petição conjunta no dia 12 de junho pedindo à juíza Analisa Torres a reabertura do julgamento — mas desta vez com um acordo em mãos: US$125 milhões, liminar suspensa e cada lado com parte do troféu.
No novo acordo, a SEC fica com US$50 milhões. O restante? Volta pro caixa da Ripple. O motivo, segundo os dois lados, é simples: chega de briga. Com as mudanças recentes no cenário regulatório, insistir nesse litígio só prolongaria um desgaste que já cansou o mercado — e drenaria recursos de ambos os lados. Não é vitória nem derrota. É cálculo frio para encerrar o que virou uma novela sem fim.
Diferente das propostas anteriores — uma delas rejeitada por Torres —, o novo movimento mostra alinhamento. Ripple e SEC falam a mesma língua pela primeira vez em anos, dando sinais de que querem, de fato, encerrar o caso mais barulhento do universo cripto.
O advogado Bill Morgan, defensor histórico do XRP, se mostrou otimista: destacou a redução da penalidade e o fim da liminar como bons indícios para uma decisão favorável. Segundo ele, o acordo poupa recursos e encerra um ciclo que já se arrasta há tempo demais.
Mas tem quem veja esse “acordo” com desconfiança. O advogado Fred Rispoli, por exemplo, não engoliu. Segundo ele, o documento ignora pontos que a própria juíza Torres já havia levantado antes — especialmente sobre os abusos da SEC. Para ele, faltou coragem pra enfrentar o problema na raiz. Parece mais um empurra-com-a-barriga do que uma solução de verdade.
Agora, tudo está nas mãos da juíza. Se aceitar os novos termos e reconhecer o “caráter extraordinário” do momento, a história pode, enfim, chegar ao fim. Caso contrário, a indústria cripto que aguarde: o risco de mais recursos e batalhas judiciais segue vivo.
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