De acordo com o relatório da Bipa, “O que explica o preço do Bitcoin?”, o alcance do Bitcoin em US$ 111 mil, renovando seu recorde histórico, não foi acidental, sendo acompanhado por uma expansão da liquidez mundial, medida por indicadores como o agregado monetário M2, impulsionada por políticas de estímulo e juros baixos dos principais bancos centrais do Japão, como o Fed, o BCE e o Banco do Japão.
Análises recentes mostram que o crescimento do M2 está diretamente correlacionado à valorização do Bitcoin, especialmente com um atraso de cerca de 90 dias, com um aumento no capital de mercado disponível se refletindo no preço do BTC, quando os investidores começam a buscar ativos alternativos em meio à inflação e à instabilidade monetária. Com base nessa tendência, o relatório sugere que o Bitcoin pode ultrapassar US$ 180.000 até agosto deste ano.
“O Bitcoin não é mais uma aposta de poucos. Ele se tornou um ativo global, com fundamentos sólidos, adoção institucional crescente e uma base cada vez mais consciente do seu valor. Entender o que move seu preço hoje é entender o novo cenário financeiro mundial”, segundo Caio Leta, Head de Pesquisa da Bipa.
A análise mostra que, apesar da sua fama de volátil, o Bitcoin segue um padrão cíclico previsível, sustentado por fundamentos econômicos e pela crescente demanda por alternativas ao sistema financeiro tradicional.
Enquanto isso, o tão citado halving — evento que reduz pela metade a emissão de novas moedas — já não exerce o mesmo impacto. De acordo com a análise da Bipa, a emissão diária de novos Bitcoins hoje representa apenas 0,1% do volume negociado na rede, contra 1,7% há dez anos.
A entrada de ETFs e bancos tradicionais no ecossistema também acelerou esse movimento. “A chegada de instituições tradicionais não só legitima o ativo, como o conecta ao sistema financeiro convencional, criando um novo ciclo de confiança”, aponta Caio.
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