O mercado cripto acordou com um soco no estômago nesta terça-feira (11). O preço do Bitcoin escorregou 2% e foi parar nos US$108 mil, poucas horas antes da divulgação dos temidos dados de inflação CPI e PPI dos Estados Unidos — que podem chacoalhar os mercados e, quem sabe, fazer o Fed bater na mesa de novo.
Mesmo com o gráfico ainda piscando verde, quem conhece o jogo já ligou o sinal de emergência. Peter Brandt, o velho lobo do mercado que já antecipou crashes enquanto a maioria ainda comemorava, soltou a bomba: um tombo de 75% no preço do Bitcoin não é delírio — é possibilidade real. Segundo ele, o BTC pode estar repetindo um padrão sombrio dos ciclos passados. Quem estiver só de olho no topo pode acabar escorregando feio na curva. Isso mesmo — uma hecatombe que deixaria muito investidor de cueca na mão.
E não é só teoria. A CoinGlass registrou uma onda de liquidações em massa nas últimas horas: mais de US$23 milhões em posições longas foram esmagadas, mesmo com o mercado flertando com os US$110 mil. Ou seja, muita gente apostou alto — e caiu feio.
A movimentação misteriosa de “whales” institucionais na zona dos US$105K–110K também levantou suspeitas. A plataforma GreeksLive falou em frustração e volatilidade imprevisível — uma dança das cadeiras onde só os mais rápidos escapam da liquidação.
E por falar nisso, o mapa de liquidações da Hyperliquid mostra um campo minado em US$105 mil: se o BTC escorregar mais um pouco, é possível que vejamos um banho de sangue digital, com milhares de traders sendo varridos em segundos.

Mesmo assim, o Bitcoin ainda segura um respiro: sobe 1% nas últimas 24 horas e é negociado a US$108.580. Mas o pavio está aceso — e o dinamite se chama inflação americana.
CPI, PPI e a bomba-relógio do Fed
O mercado está em modo tensão máxima. Amanhã (12), o governo dos EUA solta o novo índice CPI de maio — e ele pode decidir o rumo do Federal Reserve. O consenso é de uma leve aceleração: de 2,3% para 2,5%. Mas qualquer desvio desse número pode virar o estopim de uma nova reviravolta nos preços.
O núcleo do CPI, mais temido por Wall Street, deve subir para 2,9%, reacendendo o debate sobre juros altos por mais tempo. Já o PPI, que mede a inflação dos produtores, também vem mais salgado: de 2,4% para 2,6%.
Traduzindo? Se esses dados vierem quentes demais, o Fed pode ser forçado a virar o jogo de novo — e o Bitcoin, nesse cenário, pode tanto virar porto seguro como virar saco de pancadas.
Conclusão provocativa?
O Bitcoin pode até estar surfando uma onda de otimismo, mas o mar está agitado — e o tubarão se chama Banco Central dos EUA. Se o CPI der errado, prepare-se: o mercado não vai perguntar se você quer nadar. Ele vai te afogar.
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