Mais uma empresa decide abandonar o fiat e apostar no “ouro digital” como estratégia de tesouraria. Desta vez, é o Canadá que dá o recado.
A Belgravia Hartford Capital, gestora sediada em Toronto, cravou seu nome na lista das corporações que decidiram parar de assistir à revolução cripto de longe. A empresa anunciou a compra de 4,86 BTC, usando US$500 mil de uma nova linha de crédito no valor de US$5 milhões, fornecida pelo Round13 Digital Asset Fund.
Preço médio da compra? US$102.848 por unidade — o suficiente para mostrar que a Belgravia não está apenas testando águas: ela mergulhou de cabeça.
O CEO não escondeu o entusiasmo:
“Estamos felizes por ter entrado no mercado de Bitcoin neste momento. Este verão vai ser quente — para a Belgravia e para todo o setor cripto.”
Mas a jogada vai além da compra de BTC.Além da aposta em Bitcoin, a Belgravia guardava uma carta na manga: mais de 44 milhões de dólares canadenses em prejuízos fiscais acumulados. Agora, esse “saldo negativo” vira arma estratégica — a empresa planeja usá-lo como escudo contábil para compensar impostos futuros e impulsionar sua ofensiva cripto com mais fôlego.
E o Canadá? Já ligou o modo turbo
A jogada da Belgravia não veio isolada. Na mesma semana, a SolarBank, outra gigante canadense, anunciou que também entrou para o time do Bitcoin — reforçando o caixa com ativos digitais e se preparando para operar com infraestrutura institucional via Coinbase Prime.
O recado do norte está dado: o Canadá não quer só participar do mercado cripto — quer liderar a próxima onda.
Se alguém ainda duvida que o BTC virou moeda estratégica de grandes empresas, o Canadá já está aí para desmentir — na prática. E com o movimento de players como MicroStrategy, Tesla e agora Belgravia, o recado está mais claro do que nunca: Bitcoin saiu da planilha de riscos e entrou direto no balanço patrimonial.
A pergunta que fica no ar é: quem será o próximo a largar os títulos do governo e correr para o ativo mais escasso do planeta?