CEO da emissora de stablecoins celebra marco bilionário, cutuca o mercado tradicional e reforça: “Não precisamos abrir capital”
Londres, 7 de junho de 2025 — A Tether, emissora da maior stablecoin do planeta, acaba de soltar uma daquelas declarações que viram conversa obrigatória em qualquer mesa de analistas: sua avaliação de mercado chegou a impressionantes US$515 bilhões. E, segundo a própria empresa, isso ainda pode ser pouco.
Em um post publicado nesta sexta-feira, o CEO da Tether celebrou o número com um misto de humildade e provocação:
“US$515 bilhões é um número lindo. Talvez até conservador, considerando nosso tesouro em Bitcoin e ouro, que só cresce.”
A frase vem recheada de intenções. Tether não quer ser só mais uma empresa — quer jogar fora da bolsa e acima das regras. Enquanto gigantes correm atrás de IPOs para mostrar força, ela faz o oposto: ignora Wall Street, acumula Bitcoin, empilha ouro e sinaliza algo maior. Está deixando de ser uma simples emissora de stablecoin para flertar com o papel de banco central paralelo. A mensagem? “A gente não precisa da sua validação — a liquidez já é nossa.”
“A Tether não precisa se tornar pública”, cravou o CEO.
Wall Street ouviu — e não gostou.
A declaração de Ardoino não foi só um desabafo interno. Foi um recado em alto e bom som para o velho mercado, que observa a Tether com um misto de desconfiança e medo. Enquanto gigantes correm atrás do IPO e agradam reguladores, a Tether vai na contramão — com orgulho. Em vez de vestir terno e pedir permissão, ela mantém as mãos no volante. O recado é claro: não precisamos de buzz para continuar crescendo.
Próxima fase: dominar sem pedir licença
Para o CEO, a avaliação atual é apenas o começo:
“Estou genuinamente empolgado com a próxima fase de crescimento da empresa.”
Com a dominância do USDT consolidada e reservas que misturam o ouro de bancos centrais e o BTC dos maximalistas, a Tether parece estar desenhando seu próprio modelo de poder financeiro — um modelo que não pede autorização nem se preocupa com padrões antigos.
Se isso vai durar, o tempo dirá. Mas por enquanto, uma coisa é certa: a Tether não quer ser só uma empresa de cripto. Ela quer ser o novo padrão monetário.
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