Na contramão do apetite global por cripto, investidores brasileiros tiraram o pé do acelerador. Só na última semana de maio, foram retirados US$3,2 milhões (cerca de R$18,2 milhões) de fundos cripto com sede no Brasil — em plena semana de alta para o Ethereum, que sozinho puxou US$321 milhões em entradas líquidas ao redor do mundo.
Segundo a CoinShares, enquanto EUA, Hong Kong e Alemanha reforçaram suas apostas, o Brasil seguiu enxugando posição. Resultado: o saldo anual caiu para US$62 milhões. Ainda assim, o país mantém o sexto lugar global em volume sob gestão, com US$1,48 bilhão.
O contraste é gritante. Produtos como o iShares Bitcoin Trust e o iShares Ethereum Trust viram bilhões entrarem. Já por aqui, o investidor médio continua desconfiado — mesmo diante do avanço dos tokens DeFi e da integração das stablecoins ao sistema financeiro, como aposta recente do BTG Pactual.
No placar da semana, o Ethereum brilhou, SUI e Solana correram atrás, mas XRP, Short Bitcoin e Bitcoin ficaram no vermelho. Um lembrete de que, mesmo com otimismo global, o Brasil ainda hesita em surfar a onda cripto. Até quando?