O banco mais poderoso dos Estados Unidos decidiu parar de fingir que o Bitcoin não existe. Segundo a Bloomberg, o JPMorgan Chase vai permitir que clientes usem ETFs de cripto como garantia para empréstimos — começando com o iShares Bitcoin Trust ETF, da BlackRock. Sim, aquele mesmo banco cujo CEO vive dizendo que “não gosta de Bitcoin”.
Na prática, isso significa que cripto agora entra na conta patrimonial como qualquer outro ativo de elite: ações, imóveis, carros de luxo… ou Bitcoin. Em alguns casos, os criptoativos também serão considerados no cálculo de crédito, colocando o BTC lado a lado com o mercado tradicional.
A iniciativa vem no embalo de um cenário político muito mais amigável ao setor. Desde que Donald Trump voltou à Casa Branca, o clima em Washington virou: o republicano tem empurrado medidas pró-cripto e atraído apoio pesado da indústria. Seu governo não só liberou o terreno para os ETFs spot, como viu o BTC bater US$ 111.980 em maio — máxima histórica.
Apesar das críticas constantes de Jamie Dimon, o JPMorgan já flerta com o blockchain há anos, inclusive com parcerias com a Coinbase. Mas agora o banco vai além: deixa o discurso de lado e entra de vez no jogo — de olho no dinheiro institucional que transita pelos ETFs spot, que já somam mais de US$ 128 bilhões em ativos.
A mensagem é direta: Wall Street pode até torcer o nariz pro Bitcoin, mas não vai abrir mão da grana que ele movimenta.
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