Quem acordou de olho no mercado cripto nesta terça já pegou a faísca: a gestora Canary Capital botou lenha na fogueira ao dar entrada na SEC com um pedido inédito — um ETF lastreado em Cronos (CRO) e, detalhe importante, com direito a staking.
A notícia mal saiu e o CRO já deu sinal de vida: saltou quase 3%, saindo de US$0,0903 e encostando nos US$0,10. Só nas últimas 24 horas, o volume mais que dobrou, ultrapassando os US$51 milhões. Tá claro: o mercado gostou da ousadia.
ETF rendendo staking? Parece que o jogo ficou interessante.
O fundo, chamado “Canary Staked CRO ETF”, pretende oferecer exposição direta ao preço do token — com um diferencial: os CROs ficarão travados em staking, rendendo mais moedas enquanto os investidores dormem. A custódia ficará nas mãos da Crypto.com Custody Trust, com os ativos protegidos em Delaware. O ticker e a taxa anual ainda são segredo, mas o staking exige um prazo de desbloqueio de 28 dias.
Eric Anziani, presidente da Crypto.com, não escondeu o entusiasmo.ETF pode abrir as portas do mercado tradicional para o mundo cripto. E não é conversa fiada. No mês passado, a Canary e a Crypto.com já haviam unido forças para lançar um fundo privado voltado para o CRO — ou seja, o terreno já estava sendo preparado.
Regulador entra em cena e alivia tensões
Logo após a proposta, a SEC apareceu para acalmar os ânimos — e, para surpresa de muitos, foi com uma postura mais flexível. Segundo o posicionamento mais recente da SEC, participar do staking em redes como a Cronos não transforma ninguém em investidor de ações. A lógica é outra: em vez de ganhar dividendos, o usuário recebe algo parecido com um pagamento pelo trabalho prestado à rede. É como ser recompensado por manter as engrenagens funcionando — e não por apostar no sucesso da empresa. Ponto para o setor.
Se o ETF vingar, será o primeiro do tipo nos EUA — e pode abrir caminho para uma nova leva de produtos com rendimento em cripto. A Canary, aliás, já estuda versões para TRON (TRX) e Sei Network (SEI). O jogo está só começando.
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