Durante sua participação na Bitcoin 2025, em Las Vegas, Ryan Cohen, CEO da GameStop, falou pela primeira vez sobre o movimento que balançou o mercado no fim de maio: a compra de 4.710 Bitcoins, que custou à empresa cerca de US$513 milhões. A decisão, segundo ele, também tem base estratégica, além de especulativa.
O movimento que pegou o mercado de surpresa ontem, colocou a varejista de games no radar das gigantes do setor cripto. E de acordo com Cohen, o motivo por trás da decisão vai muito além de especulação.
“Se a tese estiver certa, tanto o Bitcoin quanto o ouro servem como escudo contra a desvalorização global das moedas e o colapso do sistema financeiro”, afirmou o executivo.
Bitcoin ou ouro? Cohen explica por que escolheu o criptoativo
Na visão do executivo, o Bitcoin tem algumas cartas na manga em relação ao ouro. Uma delas é sua escassez programada: enquanto a mineração de ouro continua em aberto, o BTC tem limite fixo de 21 milhões de unidades, o que torna sua emissão mais previsível no longo prazo.“Enquanto o ouro já tem um mercado avaliado em US$20 trilhões, o Bitcoin ainda está na casa dos US$2 trilhões. A margem de crescimento é imensa”, ressaltou.
Ele ainda destacou que, desde que assumiu o comando da GameStop, a empresa passou por uma grande reestruturação. Cortes de custos, otimização financeira e novas fontes de receita — como a venda de colecionáveis e cards de troca — tornaram a operação nos Estados Unidos lucrativa.
GameStop não segue modismos
Apesar da compra bilionária, Cohen evitou confirmar se a empresa continuará acumulando BTC. Disse apenas que a GameStop toma decisões com base em seus próprios princípios, sem copiar movimentos de concorrentes.
E deixou um recado direto aos investidores:
“Não se deixem levar pela empolgação. Façam suas próprias escolhas.”
Leia também: GameStop dispara após compra de Bitcoin, mas devolve parte da alta