O Bitcoin ultrapassou US$ 110.000 pela primeira vez, estabelecendo uma nova máxima histórica de US$ 111.600 no final do dia 22 de maio. A alta marca um ganho de 4% em apenas 24 horas, quebrando o recorde anterior de US$ 109.458. A criptomoeda agora mira a marca de US$ 115.000 em meio a um clima otimista.
A maior criptomoeda do mundo subiu 19% em 2025 e disparou 48% desde que caiu para US$ 75.000 em 7 de abril. Essa queda ocorreu depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas que abalaram os mercados globais.
Este novo pico ocorre em um momento de dificuldades nos mercados de ações dos EUA. A S&P 500, a Nasdaq e a Dow Jones caíram acentuadamente no dia 21 de maio, quando um leilão fraco de títulos de 20 anos elevou os rendimentos dos títulos do Tesouro.
Caroline Bowler, CEO da BTC Markets, acredita que a alta destaca a maturidade do mercado de criptomoedas. “A demanda atual é impulsionada por infraestrutura de nível institucional e maior clareza regulatória”, disse. “Não é mais uma mania especulativa.”
Curiosamente, o interesse do varejo permanece baixo. O Google Trends mostra que as buscas por Bitcoin caíram para níveis de mercados em baixa. Mesmo assim, o Crypto Fear & Greed Index, índice de medo e ganância de criptomoedas, ainda registra “ganância”, com uma pontuação de 72.
Edward Carroll, da MHC Digital, acredita que o momento atual pode levar o Bitcoin a US$ 160.000 até o quarto trimestre e potencialmente a US$ 1 milhão até 2030. Enquanto isso, Arthur Hayes, ex-CEO da BitMEX, prevê que o Bitcoin pode atingir US$ 1 milhão até 2028, não devido às políticas do Federal Reserve, mas a outros fatores macroeconômicos.
Já o trader James Wynn colocou um recorde de US$ 1,1 bilhão em Bitcoin na Hyperliquidity. A aposta com alavancagem de 40x está com um lucro não realizado de US$ 20 milhões e será liquidada se o BTC cair para US$ 103.800.
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